Uma perfeita saúde bucal ajuda consideravelmente na performance do casal

Os humanos são seres holísticos, pois todo o seu organismo é interligado. A ocorrência de dentes e gengivas infeccionados pode ter a ver com dores nas costas, dores no pescoço, articulação têmporo-mandibular defeituosa, problemas de visão, doenças do coração e também com a vida sexual, a começar pela halitose (mau hálito), que provoca o afastamento do parceiro ou parceira.
A ocorrência de problemas bucais de maior ou menor gravidade afeta diretamente a disposição do paciente, provocando queda acentuada da libido ou desejo sexual, seja direta ou indiretamente, pois à medida que um dente ou gengiva infeccionados despejam bactérias na corrente sanguínea, estas, além de comprometerem um bom desempenho sexual, provocam sérios danos ao organismo como um todo.
“Até poucos anos atrás, uma pessoa que tivesse falta de alguns dentes ou perdido todos eles, só teria como alternativa as pontes (fixas ou móveis) e as dentaduras para restaurar o seu sorriso e, o que é mais importante, a sua mastigação”, diz o cirurgião-dentista Cícero Ermínio Lascala, especialista em ortodontia e periodontia.
Segundo o dentista, a sensação que essas próteses davam era, no mínimo, de insegurança e desconforto, sem falar na impossibilidade de a pessoa se alimentar com eficiência. “Atualmente, existem procedimentos infinitamente mais modernos, que fazem com que o paciente se sinta como se tivesse dentes novos na boca. As técnicas de implantes osteointegrados devolvem ao paciente o prazer de um belo sorriso, mas esta, no entanto, é apenas a análise estética, uma vez que os benefícios fisiológicos e funcionais são incalculáveis, inclusive no aspecto sexual, pois o que afeta a saúde bucal atrapalha o desempenho”, conclui Cícero Lascala.
Risco cardíaco
A falta de cuidados com os dentes e gengivas pode levar a endocardite bacteriana, que é uma infecção causada por bactérias que, ao circularem pela corrente sanguínea, podem se alojar nas válvulas do coração. A doença provoca lesões, com risco de comprometimento das funções vitais das válvulas do coração e da liberação de fragmentos (êmbolos) – que entram na circulação e interrompem o fornecimento de sangue a outras áreas do organismo, provocando os chamados “derrames”.
Estudos demonstram que cerca de 20% dos pacientes morrem na fase aguda da endocardite. Outra parcela significativa pode ficar com sequelas graves, como insuficiência do coração, prejudicando sua qualidade de vida. E entre os principais causadores da endocardite estão as cáries, feridas e inflamações das gengivas, segundo estudo realizado pelo Incor (Instituto do Coração da Faculdade de Medicina), da Universidade de São Paulo (USP).
Outras pesquisas mostram a participação da infecção periodontal em eventos ateroscleróticos, como Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), níveis aumentados de colesterol, LDL (o mau colesterol), triglicérides, doenças pulmonares, partos prematuros, impedimento do controle do diabetes do tipo 2 com menores dosagens de insulina, maior prevalência de doença arterial coronária em pessoas com muitos dentes perdidos e infecções dentárias e gengivais que podem levar à cegueira e também à inapetência sexual feminina (frigidez) e à impotência masculina.
Fonte: Arca Universal
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