Limites aos filhos.

Saiba como administrar esta situação
Colaborou Adriano Augusto

Controlar a hora da chegada em casa, o tempo em que irá ficar na internet e até mesmo respeitar o próximo são algumas das atribuições dos pais para seus filhos, mas que na maioria das vezes acaba gerando descontentamento entre eles. O limite estabelecido é visto pelas crianças e adolescentes como rígido e centralizador, causando atritos no meio familiar – atritos estes que são extremamente maléficos para a convivência e a confiança de ambas as partes.

De acordo com a professora e assistente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Marise Peixoto Figueiredo, especializada em educação infantil, a maneira correta de estabelecer o limite é constituir uma relação de confiança.

“As relações entre as crianças, os adolescentes e os adultos devem estar baseadas no respeito mútuo e na confiança, assim, a ausência dos limites, atualmente encontradas, serão amenizadas. É preciso que, desde cedo, a criança ouça a negativa acompanhada de uma justificativa de forma firme, segura e plausível, para que ela compreenda sua importância”, afirma.

Ela destaca que a solução para administrar melhor as atitudes dos filhos é investir na construção da autonomia: “É necessário que os pais invistam, desde os primeiros momentos, na construção da autonomia da criança, que consiste em ser capaz de compreender a importância e a necessidade das regras para o bem de todos, não devendo prevalecer o seu desejo se, de alguma forma, prejudicar o outro ou a coletividade”, informa.

Na opinião de Marise, o principal erro dos pais é não ter consciência de que a educação precisa ser repassada desde o início, a fim de que o relacionamento se torne respeitoso e harmônico.

A professora relata que o comprometimento e a ciência dos pais são imprescindíveis para a formação dos filhos: “Os pais ou adultos que se comprometem com a educação de crianças e adolescentes devem entender que estão colaborando de forma significativa na constituição de adultos do futuro”, conclui.


 Fonte: Rede Aleluia